Mais do que um café, o "Progreso" era um antónimo. Meia dúzia de mesas de pé-de-galo de mármore desbeiçado, cadeiras centenárias, um chão de madeira que rangia debaixo dos pés, cortinas poeirentas e meias luz. Fausto, o velho encarregado, dormitava junto da porta da cozinha, de onde vinha um agradável aroma de café a ferver na caçoila: um gato esquálido e remeloso deslizava matreiramente para debaixo das mesas, à espreita de hipotéticos ratos. No Inverno, o local cheirava contantemente a Humidade e grandes manchas amarelavam o papel de parede. Neste ambiente, os clientes quase sempre conservavam as roupas de abafo, o que pressupunha uma manifesta censura à decrépita braseira de ferro que costumava avermelhar-se debilmente a um canto.
Arturo Pérez-Reverte
Maria João Sanches
And you can't smoke in any of this coffee places...I'm pretty sure coffee was invented by people who were smoking anyways. And they just wanted to invent something so they can stay up late and SMOKE FUCKIN' MORE! That's my theory. Just ask me or Columbo, he'll back me up on this one.» Denis Leary
Thursday, December 04, 2008
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3 comments:
Excelente artista, quero comprar
bjs
gigas
de que Progresso fala ele?
de um café em Madrid
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